estou presa dentro de mim
sem controle sobre mim…
me vejo lutando (e nem mais)
agora resignada me preservo
assisto à cena da fuga do mundo
sem que nada
tenha provocado
muda, mouca
perdida movida sabe-se deus porquê
irascível, primitiva
alimento-me de nada
fermata
talvez mais um casulo
donde mais bela lagarta saia
talvez rebelde sem causa
sentindo a loucura sussurar meu nome
adorando a entrega
seduzida pelos olhares duma mosca
enroscando-me na teia da aranha
afundando mais e mais
só pra ver aonde consigo chegar
afogando-me a mim mesma
seguindo o canto da sereia
– Inrazão –
dona de todas as tempestades
senhora da minha morte
abandono-me!
competindo com meus eus
alea jacta est!
nesta noite de amores, loucura e insânia unidas, nos mais calorosos beijos