Archive for poesia

alea jacta est!

estou presa dentro de mim
sem controle sobre mim…
me vejo lutando (e nem mais)
agora resignada me preservo
assisto à cena da fuga do mundo

sem que nada

tenha provocado
muda, mouca

perdida movida sabe-se deus porquê
irascível, primitiva
alimento-me de nada
fermata

talvez mais um casulo
donde mais bela lagarta saia
talvez rebelde sem causa
sentindo a loucura sussurar meu nome
adorando a entrega
seduzida pelos olhares duma mosca
enroscando-me na teia da aranha

afundando mais e mais
só pra ver aonde consigo chegar
afogando-me a mim mesma
seguindo o canto da sereia

– Inrazão –

dona de todas as tempestades
senhora da minha morte

abandono-me!
competindo com meus eus
alea jacta est!

nesta noite de amores, loucura e insânia unidas, nos mais calorosos beijos

E o que há de novo em tudo isso?

Senão essa tão conhecida ida e vinda de fatos?

Sinto-me como num último beijo, como no fim do mundo, como na hora derradeira…

Mas confortada por um conforto tão sem sentido e preguiçoso de como quem tivesse acostumada com a vida.

Estou no topo do mundo, ao sabor dos ventos, esperando o que virá…

Tem tanta força esperando pra ser consumida…

Tantas idéias querendo vir à tona…

Eu átona, atônita, atômica…

Respire.

É tudo efêmero. Transcendente.

Findo.

vida, vida, vida, vida…mostrai-te a mim!

solitude…

O que é morrer?

Se o que morre ainda permanece na memória até que a memória não permaneça mais?

Há tanta gente saindo da presença física e tornando-se memória que meus dias têm estado mais tristes…

Tenho medo de perder da memória essas presenças…

Ainda sei como são…como eram…

Mas haverá um dia em que não sabe-lo-ei?

Tenho medo… Ainda que memória e dor convivam, é preverível a dor da lembrança, neste caso, ao esquecimento eterno…

Esquecer-me de ti é fazer-te morrer… e não quero que morras, preciso desta presença não-presente…

Não quero esquecer teu rosto… não quero lembrar-te apenas pelo que representa…

Foste o que foste e pelo som da tua voz tantas vezes me guiei…

Quero, que ainda que seja em mim, permaneça, sobrevivo, nas lembranças que um dia guardei…

saudade…

unlivin’

none

…quero as palavras que ainda não foram escritas…

unwritten words…

unwords…

the spell to set me free from

UNLIVIN’…

I did not think that I was angry, but clearly anger was reflected in my writing. I did not think that I had been affected emotionally, but it was clear from my writing…

Para poder expressar o que preciso, da maneira que preciso, há necessidade de duas coisas:

a primeira é que eu saiba o que preciso,

a segunda é que existam as palavras.

Preciso de palavras que ainda não foram escritas.
Toda essa inconsistência lamentável que não se cansa de existir. O peso enfadonho aliterado proveniente do fracasso duradouro de dias de calamidade febril. As dores da ausência, de carência de movimentos assimétricos volumosos, esparsos, compassos de existência sutil, desinteresseda, da cara que era a dela, de quando como olhava ao espelho e se reconhecia, não de alice diminuta, grande demais para suas vestes.
Era claro o desencaixe, tal qual em terceira pessoa se referia, a tirar carga do si esse transpor, para não adoecer.
Pra isso precisa-se de tais palavras… as existentes escassas e fracas, não dão conta das variáveis intangentes.

Endtroducing!

Can you???

 

can you hear me in the water out of the mind?
can you touch me in the garden out of the sky?
can you hold me in my heart and with my life?
can you love me as I am and ….tonight?
leave yrs guns open the gates let’s move on
face yrself believe in us sing a song

can you hear me in the water out of the mind?

can you touch me in the garden out of the sky?

can you hold me in my heart and with my life?

can you love me as I am and ….tonight?

leave yrs guns, open the gates, let’s move on

face yrself, believe in us, sing a song


 

 

tudo em mim é silêncio

2302729

 

é engraçado como (ainda) gosto do gosto de caju…

tem gosto de besourofelipedino

ceronteh2oanjosete

anosnotiobetmúsicabei

jobisonhosonho

de pantufas quentinhas de guaxinin!

tem gosto de fevereiro, de junho e de dezembro…

é gosto bom de  ti…tom!

 

 

“just one more night, one more moment to take you in my arms…”

(a)pagar

hoje não tomei o remédio para lembrar
é vão lembrar-se das coisas
o melhor a fazer é esquecer
apagar toda e qualquer lembrança
viver vazio e sem dor
recordar é morrer-se
quero um branco eterno indolor…

augusto…

seja bem-vindo

Augusto senhor dos novos caminhos

pelas veredas implacáveis

ou por brandas vias

trilhemos rumo a Eternidade

sejam apenas cinco segundos

ou todos os anos do deserto

cada segundo será precioso

todo o futuro resplandecente

a companhia, a amizade

tudo aquilo que mais prezamos

perdurados pelos séculos dos séculos

vieste mexer nas estruturas

penetrastes nas entranhas

e modificaste minha vida…

seja bem-vindo!

piquininha…

e como crer-te, irrascível criatura oriunda do nada?

como amar-te ser gélido de divinas aspirações?

 a dizimar-me contradizo a sequência

a interromper-me introduzo o mérito

comoqualquando que se perdeu lucidez?

e onde é algoaquele lugar?

o muro de apoio desquebrando-se

e dele mentiras a jorrar

verdades inventadas renegadas

como raios de luz resfolegantes

aurora do dia que não virá

e tãoquequando a vi nas imagens

na janela  não podia ser outra

o mesmo “s” inconfundível

la meme histoire!

se defez, defenestra

 abril novamente

piquininha

dorme, agora

liberta

jaz!

a cura…

a tanto me deixei

morna, morta

a passar pela vida

hoje, pétala,

folha seca

galho retorcido

desaguada

inviva

do cerne estipado

da crua carne

incruenta ferida

ingloria

o natimorto amor

a busca pela cura

secura…

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